Pôr do sol

 São 16 horas. É o horário ideal  para sair, o sol fica mais ameno. Preciso comprar pilhas na loja ao lado. Não consigo finalizar meus projetos: o blogue degenerou em um diário patético; o spotify tem um total de quatro ouvintes; os artigos acadêmicos estão parados por falta de fôlego e meu livro novo sobre a revolução africana também. Meu romance deve ser ignorado por outras três editoras em breve. A única coisa que me faz insistir nele é o juízo que o Pepetela fez. "Formidável", foi o que ele disse. O mestre que me perdoe, mas começo a desconfiar do que disse, dos livros e de mim. Depois de comprar pilhas vou andar de bicicleta, às vezes o cansaço me faz pensar menos. Preciso aproveitar o pouco de sol que resta, em Aracaju a noite se adianta ligeira.

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